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Ligar o trabalho etnográfico que fazemos a Garrett pareceu-nos, à partida, uma tarefa demasiado complicada e, talvez até, injustificada. No entanto, depois de termos lido e relido a sua obra e biografia, concluímos que as suas referências à nossa cultura e tradições populares e as preocupações que denota pela sua preservação, fizeram de Almeida Garrett o primeiro etnógrafo português digno desse nome. Estava dado o primeiro passo para a construção deste espetáculo que, tal como todos os nossos anteriores trabalhos, é composto por uma sequência de quadros temáticos, ligados entre si por danças, músicas, cantares e representações de tradições populares, que tentamos reproduzir e apresentar com o máximo rigor. A homenagem que aqui fazemos a Garrett traduz-se na introdução de vários textos e passos de algumas das suas obras como ligação entre as várias cenas de "Viagens". O espetáculo que agora apresentamos gira à volta do ciclo do vinho, esse elemento tão fundamental da nossa cultura popular, esse precioso néctar de liberdade das consciências e fiel da balança da lucidez. As viagens de que falamos perpassam toda a região Duriense até se deterem no Porto, berço de Garrett e cenário póstumo de toda a sua existência.

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